quarta-feira, junho 26, 2013

Nada Nos Separa Do Amor De Deus


 Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.  Romanos 8:39 
Uma das coisas mais incompreensíveis do caráter divino é o Seu amor por nós, através do Seu Filho Jesus Cristo. “Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor.” (Romanos 8:39).

Paulo é o escritor bíblico que mais nos ajuda a ver a diferença entre uma religião humana e a religião do Senhor Jeová. A revelação do Novo Testamento nos declara que “Deus é amor” e que “nós O amamos porque Ele nos amou primeiro”. O apóstolo diz que o amor divino por Seus filhos, em função de Cristo Jesus, é a força maior da criação. Na realidade, fomos escolhidos para ser Seus filhos “antes mesmo da criação” (Efésios 1:4).

Por isso, quando nos abrimos para o amor de Deus em Cristo, a onipotente natureza do Senhor nos invade. E nos transforma e nos reveste de blindagem espiritual. É baseado nisto que Paulo confirma que “em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus”. Nem nós temos tal poder. Nada, quer dizer nada. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!


Texto de: Pr. Olavo Feijó

domingo, junho 23, 2013

O Deserto Pessoal

Abrindo nossa Bíblia no evangelho segundo escreveu São Mateus no quarto capítulo, lemos nos dois primeiros versículos: "Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo". Essa expressão indica que era da vontade de Deus que Cristo, agora plenamente cônscio de sua filiação única, bem como de seu chamamento para ser o Servo ideal de Deus, fosse tentado a ser desobediente às implicações dessa vocação e, vencendo essa tentação, estivesse capacitado a entrar num ministério que teria como clímax a sua obediência até a morte na cruz.

Deus também muitas vezes nos conduz ao deserto. Ele pode ser a representação de uma demissão; de uma reprovação no vestibular; do fim de um noivado; da sentença de divórcio; da decretação de uma falência irreversível; do diagnóstico médico que nos desengana ou de qualquer outra frustração a que os mortais estão sujeitos.

Muitos homens da Bíblia tiveram que ir ao deserto: Moisés ficou lá quarenta anos (At 7:23,29,30). Paulo também sentiu o seu calor e a sua solidão e foi lá onde pôde reconstruir sua teologia (Gl 1:17). Malcom X, o famoso nacionalista negro dos anos setenta, encontrou em uma cela de penitenciária o lugar que o fez um dos fenômenos intelectuais de sua geração, através do que leu e escreveu nesse deserto pessoal.

Efetivamente, como filhos de Deus, embora, a princípio, não conseguimos entender totalmente a vontade do Pai, somos abençoados quando somos conduzidos pelo Senhor para o deserto pessoal. Podemos refletir em pelo menos três conseqüências disso em nossa vida.

NO DESERTO ENCONTRAMOS A NÓS MESMOS

O que sou, é difícil dizer até não saber onde estou. São nas situações desérticas da existência que os problemas, as crises, as provações se instalam em lugares, estados ou condições que nos levam a nos sentirmos sós, indefesos, abandonados. Daí é que podemos ter uma verdadeira consciência de nossa identidade. É no deserto que podemos nos conhecer profundamente. Não há para quem olhar no deserto - nós mesmos é que somos objeto de nossa análise. Assim, podemos nos conhecer mais.

Nessa condição de autoconhecimento, refletimos sobre os motivos que nos tem trazido até ali. Por que estamos no deserto? Pela nossa insensatez? Pela nossa desobediência? Por que Deus nos quer aperfeiçoar? Por que o Espírito Santo quer ter mais comunhão conosco? Por que Deus apaixonado por nós quer que digamos a Ele o quanto O amamos? O certo é que, quando nos quebrantamos, Deus nos revela o porquê do deserto. Daí, podemos escolher as metas corretas para nossa vida.

Nós nos redescobrimos no deserto. A existência passa a ser percebida com um verdadeiro sentido de ser. É nessa situação que podemos estabelecer um propósito para vida. No deserto, Cristo teve avivada a consciência de ser Ele o Filho de Deus. Isso implicava em assumir o motivo de Sua encarnação, o Seu único propósito: a salvação de milhões de seres humanos - a cruz. Nas situações desérticas nós também passamos a priorizar nossas metas, tendo a convicção profunda de vivermos para a glória de Deus, "porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente; amém. (Rm 11:36).


NO DESERTO ADQUIRIMOS CAPACIDADE ESPIRITUAL

No deserto pessoal, capacitamo-nos para resolver problemas mais ou menos semelhantes aos que Satanás apresentou a Jesus.

As tentações querem fazer com que usemos nossa vida para nossos próprios propósitos. Quando somos tentados, somos forçados a nos comprometermos unicamente com nossas metas. Além disso, as situações tentadoras da vida quer até mesmo nos impedir de examinar e reavaliar nossos propósitos.

Essa é a tônica desse mundo secularizado e materialista que vivemos. O "curso desse mundo" quer nos fazer pensar de modo exagerado somente em nossa posição, em nossa comida, em nossa roupa, em nossos bens, enfim, quer nos encapsular em nosso próprio egoísmo. Mas, é no deserto que recebemos virtude do Espírito Santo para percebemos que somente seremos realizados de fato se tivermos os mesmos propósitos de Jesus - servir à vontade de Deus e ao Seu reino.

Quando estamos no deserto, Deus nos revela que as tentações são um exercício necessário para a maturidade emocional e espiritual. Somente tem uma vida de vitória quem tem esperança em Deus. É falsa a idéia popular de que "a esperança é a última que morre". Para quem entende o significado espiritual dos desertos a que estamos sujeitos a esperança jamais se extingue. Por isso mesmo tal pessoa jamais estará totalmente livre dos desertos. Eles fazem parte do processo de conquista da esperança: "...a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5:3-5).

NO DESERTO NOS FIRMAMOS NO CHAMADO DE DEUS

Quando estamos no deserto a força das circunstâncias, condições e o estabelecimento de prioridades significativas para nossa vida espiritual nos leva a renovarmos nossa vida. Assim, o deserto que a princípio seria um lugar de exaustão e queda passa a ser um ambiente onde o verdadeiro sentido da vida é valorizado. Dessa forma, reconhecemos nossa identidade como filhos de Deus.

Com dois ataques, Satanás quis criar uma crise de consciência em Jesus a partir da conjunção condicional "se", a motivadora de tantas dúvidas: "Se tu és Filho de Deus..."; "se tu és Filho de Deus...". Como Jesus, devemos ter bem nítido a verdade de que somos filhos de Deus, em quem o Pai tem muito prazer. O Espírito que impeliu o Salvador ao deserto é o mesmo que "testifica com o nosso espírito que nós somos filhos de Deus" (Rm 8:16).

O resultado desse testemunho do Consolador é que a consciência profunda de sermos filhos de Deus nos leva a rendermos nosso ser a vocação que o Senhor nos tem dado. No deserto pessoal, a convicção do motivo de nossa chamada para o Reino de Deus se torna viva em nosso coração. Daí, louvamos a Deus sabendo que as crises nos direcionam a firmarmos o chamado de Deus para nossa vida.

Quando assim, fazemos nocauteamos Satanás como Jesus o fez, isto é, usando a Palavra da Verdade. No deserto pessoal aprendemos a silenciar Satanás com a Espada do Espírito. Isaías declara que Jesus "com o sopro dos seus lábios matará o ímpio" (Is 11:4). Esta profecia foi parcialmente cumprida ao derrotar Ele o maligno com um bombardeio de referências bíblicas. "Está escrito!". Esta é a forma de nós, seguidores de Cristo, afugentarmos o enganador. É perigoso considerar argumentos, por mais plausíveis e sutis que sejam, contra um claro dever. "Está escrito" - é a nossa segurança. "Com o sopro dos seus lábios", o cristão afugentará o inimigo, se o que disser for Palavra de Deus. "E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e a palavra do seu testemunho" (Ap 12:11).

Portanto, se você está no deserto dê glória a Deus, pois no deserto: Você pode encontrar-se consigo mesmo; você irá aprender a vencer tentações!; você vai ter uma forte consciência do porquê da sua vida!
  Autor: Valdir Caetano de Souza  

sábado, junho 15, 2013

"Bem-aventurados vocês, os pobres, pois a vocês pertence o Reino de Deus.”

 Jesus desceu com eles e parou num lugar plano. Estavam ali
muitos dos seus discípulos e uma imensa multidão procedente de toda
a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom, que vieram
para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Os que eram
perturbados por espíritos imundos ficaram curados, e todos
procuravam tocar nele, porque dele saía poder que curava todos.
Olhando para os seus discípulos, ele disse: “Bem-aventurados vocês,
os pobres, pois a vocês pertence o Reino de Deus.”
 Lucas 6:17-20


   Nos dias de Jesus às vezes se declarava uma pessoa abençoada,
bendita ou feliz. Os Salmos falam de pessoas abençoadas por Deus
Sl. 1:1; 32:1-2; 33:12. É da mão do Altíssimo que vêm as maiores
bênçãos. É neste sentido que Jesus declara os pobres "bem
aventurados". O termo não quer dizer necessariamente feliz. A
pessoa pode estar em grande necessidade. Mas, se tiver achado favor
com Deus, então independente do seu estado atual, ela é abençoada,
bem aventurada. A pobreza, por si só, não confere nehuma vantagem
espiritual. Há pessoas pobres tão arrogantes e orgulhosas quanto
algumas pessoas ricas. Há também pessoas que se desfazem de todos
os seus bens e ainda ardem com cobiça e paixão pelas coisas deste
mundo. Os verdadeiros bem-aventurados são aqueles cujos bens estão
guardados com Jesus. Quem não tem tesouro aqui sonha em ter em
outro lugar. Quem não consegue riqueza aqui avista um outro lugar
onde poderá ter. Com isso os pobres olham em direção a Deus, pois
sabem que só da mão dEle virá sua herança. Se tiverem fé em Jesus,
recebem dele o título do seu lugar - o Reino é deles. Não é só no
porvir, já é. Não vêem, não sentem, e não tomaram posse ainda. Mas,
tão certo quanto a ressureição de Jesus, é a bênção prometida pelo
Rei - “Bem-aventurados vocês, ó pobres".

ORAÇÃO:


   O Senhor é dono de tudo aqui e tudo que haverá no porvir. Não

sabemos ainda quão maravilhosas são as bênçãos que o Senhor tem
reservado para nós. Mas, agradecemos desde já que o Senhor já vem
revelando como as coisas são. Confiamos porque é o Senhor que diz,
ó Pai. Em nome do Senhor Jesus agradecemos. Amém.

sexta-feira, junho 14, 2013

A autoridade de Jesus

Então, olhou para todos os que estavam à sua volta e disse ao
homem: “Estenda a mão”. Ele a estendeu, e ela foi restaurada. Mas
eles ficaram furiosos e começaram a discutir entre si o que
poderiam fazer contra Jesus.
     Lucas 6:10-11


   A autoridade de Jesus é tamanha que basta o homem obedecer um
simples imperativo e ele é curado. Ele estende a mão para Jesus e
recebe de volta um milagre. Sempre que obedecemos ao Senhor somos
abençoados. Pode ser que não vemos na hora como este homem, mas, a
bênção vem. Tem alguma coisa que Jesus lhe pediu para fazer? O que
você está esperando?

ORAÇÃO:

   Obrigado, Pai, por Jesus. Mesmo mal compreendido e perseguido
tão injustamente, ele continuou curando e restaurando corpos e
almas. Abra nossos olhos para ver aonde faltamos obedecer ao
Senhor. Em nome do nosso Salvador oramos. Amém.

quarta-feira, junho 05, 2013

O que é submissão?

Este vocábulo tornou-se pejorativo em nossa sociedade. Parece um “palavrão” que indica fraqueza e inferioridade. Vejamos, porém, um exemplo bíblico da verdadeira submissão:

"Aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu, e ali serei sepultada" (Rt. 1.16-17). 

Foram palavras de Rute para sua sogra quando ambas ficaram viúvas.

O texto nos apresenta um exemplo de sujeição voluntária. Rute colocou as metas de Noemi como suas. Ela decidiu ficar, quando era livre para ir embora. Demonstrou apego, fé, confiança e, antes de tudo, amor, produzindo um compromisso forte, um vínculo definitivo.

A melhor forma de submissão é aquela que acontece por amor e não pela força. Certamente, Noemi era uma pessoa amorosa, que tratava bem a sua nora. Assim, a submissão tornou-se um prazer e não um sacrifício.

É importante ressaltar que Noemi não possuía coisa alguma para dar a Rute. Portanto, era um amor incondicional, sem interesses materiais. Na citada declaração, somente a pessoa de Deus estava definida, e nada mais. Não estava certo onde seria a pousada, como seria o povo, onde aconteceria a morte ou o local da sepultura. Muitas pessoas só se submetem quando têm todas as informações e todos os detalhes do que será feito. Rute sabia que podia confiar em Deus e na experiência da sogra para conduzir sua vida. A submissão é uma atitude que produz atos de obediência. Na sequência do relato, Noemi orientou Rute em sua aproximação de Boaz, que viria a ser seu marido, tirando ambas da miséria em que viviam.

Noemi tinha outra nora, chamada Orfa. Ela poderia também ter-se apegado à sua sogra, mas não o fez. Preferiu ir embora sozinha, voltar à sua terra e aos seus deuses (Rt1.14-15). Esta é a última informação que temos a seu respeito. Seu nome nunca mais foi mencionado no relato bíblico. 

Rute, porém, casou-se com Boaz e teve um filho chamado Obede. Este gerou a Jessé, que foi o pai do rei Davi. Daquela descendência, muitos séculos depois, nasceu o Senhor Jesus (Mt.1.1-5). Se a submissão fosse trocada pela independência, esta história não aconteceria ou, no mínimo, Deus escolheria outros personagens.

A submissão cria vínculos necessários às grandes realizações. Cada um de nós, sozinho, nunca será capaz de fazer grandes coisas. Cada pessoa precisa de autonomia em algum nível, mas a independência plena conduz à solidão e ao fracasso.

“Busca o seu próprio desejo aquele que se separa; ele insurge-se contra a verdadeira sabedoria” (Pv.18.1).

Não vamos defender todo e qualquer tipo de sujeição, pois existem abusos e explorações neste mundo. Entretanto, não podemos ignorar o ensino bíblico sobre a submissão, pois a sua falta tem destruído vidas e famílias (Ef.5.22-25; Ef.6.1-9).

Diante da atitude de Rute, Noemi parece ter feito da felicidade da nora o objetivo de sua vida. Assim farão os melhores líderes, e a estes sempre vale a pena servir.
|  Autor: Pr. Anísio Renato de Andrade